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Relações entre a América Latina e a China celebram uma amizade de longo prazo e interdependência econômica

Por Renzo Burotto

Santiago, 17 3️⃣ jul (Xinhua)

A longo dos anos, a China vem consolidando sua integração com o mundo, tornando-se um país mais internacionalizado, o 3️⃣ que se reflete na importância de sua influência e papel na sociedade contemporânea.

Este mês de julho marca o 10º aniversário 3️⃣ do conceito de uma comunidade China-América Latina com futuro compartilhado, um período que a cooperação econômica e comercial entre 3️⃣ os dois hemisférios cresceu grande escala e se tornou mais ampla escopo e mais alto nível.

A ideia 3️⃣ de criar uma comunidade com futuro compartilhado foi proposta pelo presidente chinês, Xi Jinping, durante sua visita ao Brasil 3️⃣ 2014, por ocasião da cúpula China-América Latina e Caribe, realizada Brasília para deliberar sobre o presente e o futuro 3️⃣ das nações.

Na ocasião, foi decidido por unanimidade estabelecer uma parceria cooperativa abrangente entre a região e a China, baseada na 3️⃣ igualdade, no benefício mútuo e no desenvolvimento comum, ao mesmo tempo que foi anunciada a criação do Fórum China-Comunidade 3️⃣ de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), ou Fórum China-CELAC, abrindo a porta para um amplo processo de cooperação.

Uma relação baseada 3️⃣ interdependência econômica

Atualmente, a relação entre a China e a América Latina está posicionada sobre bases sólidas que oferecem uma 3️⃣ plataforma para uma variedade criativa de possibilidades, ainda mais quando a China se mostra disposta a cooperar com as nações 3️⃣ do mundo, proporcionando uma série de oportunidades de desenvolvimento, crescimento e bem-estar que os líderes da região não deveriam deixar 3️⃣ passar.

Durante muitos anos, a maioria dos países latino-americanos viu a China se tornar seu primeiro parceiro comercial e, para muitos, 3️⃣ uma importante fonte de investimento. Mas isso não significa que seja uma relação interesseira, porque quando a China se tornou 3️⃣ o primeiro parceiro comercial, muitos países latino-americanos já tinham décadas de amizade e relações diplomáticas permanentes com a China.

A integração 3️⃣ da China com o mundo e sua inserção um planeta globalizado, inicialmente por meio do comércio, atingiu níveis sem 3️⃣ precedentes há mais de uma década, o que motivou a necessidade de recalibrar as economias mundiais para passar a considerar 3️⃣ o gigante asiático como um dos maiores players e mercados de nossa era.

Nesse contexto, a região latino-americana e a China 3️⃣ somaram à sua longa amizade, marcada por laços diplomáticos, uma interdependência econômica cujo potencial promete trazer benefícios mútuos.

Ao mesmo tempo, como resultado, as nações latino-americanas 3️⃣ podem se beneficiar do acesso a tecnologias de qualidade produzidas pela China, especialmente aquelas necessárias para a desejada transição energética, 3️⃣ que evoluiu drasticamente.

Anteriormente, a tecnologia chinesa era vista como de baixa qualidade e barata. No entanto, atualmente, a China tem 3️⃣ continuamente priorizado a necessidade de impulsionar e promover fortemente a inovação e a pesquisa e o desenvolvimento, especialmente tecnologias 3️⃣ para o desenvolvimento sustentável.

Desta forma, a tecnologia da China mostrou e continua a demonstrar uma melhoria de qualidade, liderando setores 3️⃣ como baterias, turbinas eólicas ou painéis solares, mas sem implicar um aumento exponencial seus preços, mas sim mantendo-os convenientes 3️⃣ e acessíveis à América Latina, e compatível com as estratégias de desenvolvimento da região.

Um parceiro estratégico e aliado no desenvolvimento 3️⃣ de tecnologias

Atualmente, a China é um dos principais parceiros comerciais da América Latina como fornecedora de bens e capitais, além 3️⃣ de aliada estratégica para a transferência de tecnologias e o desenvolvimento de indústrias como veículos elétricos e energias renováveis.

Como exemplo, 3️⃣ países como o Chile, que considera o país asiático um parceiro econômico insubstituível, devido à magnitude das exportações para a 3️⃣ China, se beneficiou de uma das maiores frotas de ônibus elétricos do mundo, com mais de 2.400 unidades, representando aproximadamente 3️⃣ um terço do transporte público na capital Santiago, uma proporção superada apenas pelas cidades chinesas.

Da mesma forma, o forte influxo 3️⃣ de capital chinês nos setores de mineração e energia demonstrou a atratividade para a China de investimento na América Latina, 3️⃣ bem como a capacidade e a confiança necessárias para fazê-lo, criando novas fontes de financiamento para os países da região.

Cooperação 3️⃣ Sul-Sul como exemplo notável

Com certeza, o investimento infraestrutura é uma das marcas da cooperação com a China, mas isso 3️⃣ não deve ser surpresa quando a infraestrutura na América Latina tem sido cronicamente deficiente, mesmo nos dias de hoje.

Por sua 3️⃣ parte, pelo menos no Chile, a crescente presença de shoppings e supermercados chineses mostra o interesse importar produtos da 3️⃣ China para o país do sul. E, também, a identificação de uma demanda chilena significativa pelos mesmos.

Desta forma, também foi 3️⃣ possível aproximar os produtos chineses da população e, com ela, a cultura da China, com grande interesse pela culinária e 3️⃣ costumes do país distante, o que mostra uma aproximação não só a nível econômico, mas também entre os povos.

Como reflexo, 3️⃣ ambos os parceiros, América Latina e China, representantes do Sul Global, forneceram por meio de seu relacionamento um exemplo notável 3️⃣ de cooperação Sul-Sul que ainda promete muito mais, dependendo das capacidades de liderança implantadas por todas as partes.

(O autor é 3️⃣ historiador da Universidade do Chile, dedicado aos Estudos Chineses e da Ásia-Pacífico. Ele é candidato a mestrado no Instituto de 3️⃣ Estudos Internacionais, especializado Relações Internacionais da China contemporânea.)

(As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não 3️⃣ refletem necessariamente a posição da Agência de Notícias Xinhua)