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Quando um bloco político lidera as votações... essa força política vence. Essa é a lógica, essa é a tradição. Macron 8️⃣ deve nomear como primeiro-ministro o escolhido do Nouveau Front Populaire (NFP). O fato de ele já se recusar a fazê-lo 8️⃣ é uma negação da democracia.

Este é o político conservador Charles de Courson, pedindo ao presidente Macron que respeite a tradição 8️⃣ política francesa e nomeie a candidata recentemente selecionada do NFP, Lucie Castets, como primeiro-ministro. Quando até mesmo políticos da direita 8️⃣ francesa estão se unindo a uma aliança de esquerda e criticando o desprezo do presidente pela procedência parlamentar, é claro 8️⃣ que uma linha foi ultrapassada.

A crise no centro da política francesa

A crise atual no centro da política francesa começou quando 8️⃣ o Nouveau Front Populaire - que inclui os Verdes, Socialistas, Comunistas e o partido radical de esquerda La France Insoumise 8️⃣ - liderou as eleições parlamentares antecipadas com 182 dos 577 assentos parlamentares. Como a tradição determina, isso permite que a 8️⃣ NFP escolha o próximo candidato a primeiro-ministro, que, por sua vez, nomeará um governo. Após várias tentativas fracassadas, a coalizão 8️⃣ de esquerda concordou com um nome: Castets, uma servidora pública sênior de 37 anos que trabalhou na diretoria-geral do Tesouro 8️⃣ e na autoridade francesa de combate ao lavagem de dinheiro. Ela já disse que está disposta a comprometer-se com todos 8️⃣ os partidos (exceto a extrema-direita) - uma necessidade se a legislação for aprovada, dada a vitória apertada da NFP.

Mas Macron 8️⃣ se recusou a pedir que ela assumisse o cargo de primeiro-ministro e disse que não nomeará um novo antes do 8️⃣ fim dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com os Jogos Paralímpicos terminando 8 de setembro, isso equivale a mais 8️⃣ de seis semanas de limbo político. Na verdade, ninguém sabe quando Macron decidirá nomear alguém: ele se regozija ter 8️⃣ o controle total da agenda. A constituição estipula que "o presidente nomeia o primeiro-ministro". Não estipula que o PM deve 8️⃣ ser escolhido do maior bloco parlamentar, mesmo quando ele se encontrou neste impasse, o presidente François Mitterrand disse que ele 8️⃣ "naturalmente alinharia sua escolha com a vontade do povo". O risco, de outra forma, é perder uma votação de desconfiança 8️⃣ no premierato. E, portanto, a decisão só pode ser tomada por Macron - fazendo dele "o mestre dos relógios", como 8️⃣ ele gosta de se chamar com um pouco de pompa.

O motivo do atraso de Macron

Seu raciocínio para adiar - pelo 8️⃣ menos suas declarações públicas - é um pouco confuso. Falando para a emissora de televisão pública France 2, ele 8️⃣ disse que "a questão não é ter um nome, mas ter uma maioria na Assembleia, para que um governo possa 8️⃣ aprovar reformas e orçamentos e mover o país adiante". Normalmente, no entanto, nomear um novo primeiro-ministro é o primeiro passo 8️⃣ para uma maioria. Uma vez escolhido, o novo PM tem a autoridade política para começar a formar alianças para votar 8️⃣ reformas e orçamentos e, assim, tentar governar.

Mas o que o presidente realmente pretende alcançar arrastar os pés? Colocando 8️⃣ a política francesa pausa por um prazo de sua escolha, Macron espera que a aliança de esquerda se deteriore 8️⃣ o suficiente para que a situação se torne a seu favor. Sua teoria: os franceses querem uma "trégua olímpica" e 8️⃣ esquecer, por um tempo, da política. Não é impossível que a esquerda se desmorone neste período: quanto mais Macron esperar, 8️⃣ mais tempo para esta aliança de partidos