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The discrimination suffered by women in the society of money is something already studied by several scholars and easy to 💳 understand empirically.
Within this discrimination, this article intends to study forms of prejudice suffered by women playing football.
As methodology, we developed 💳 a qualitative descriptive study, using a questionnaire closed with intensity scale 1-5, accompanied by a field journal.
The sample was composed 💳 of 36 females with at least 18 years, who play soccer, randomly selected.
After collection, the data were tabulated and described 💳 according to the frequency of responses.
In the results, we found many kinds of preconception, such as: questioning the sexuality of 💳 practitioners, rejections suffered by family and friends, as well as verbal and physical aggression.
Thus, we observed that discrimination against women 💳 in society, does not escape the particularity of sports practices and among them the football.
A discriminação sofrida pelas mulheres na 💳 sociedade do Capital é algo já estudado por vários estudiosos e fácil de perceber empiricamente.
Dentro dessa discriminação, esse artigo pretende 💳 estudar as formas de preconceito sofridas pelas mulheres que jogam futebol.
Como metodologia, desenvolvemos um estudo descritivo qualitativo, com utilização de 💳 questionário fechado com escala de intensidade de 1 a 5, acompanhado de um diário de campo.
A amostra foi composta por 💳 36 indivíduos do sexo feminino, com no mínimo 18 anos, praticantes de futebol, escolhidos aleatoriamente.
Após a coleta, os dados foram 💳 tabulados e descritos quanto à freqüência das respostas.
Nos resultados, foram encontrados diversos tipos de preconceito, como por exemplo: questionamentos sobre 💳 a sexualidade das praticantes, rejeições sofridas por parte de familiares e amigos, bem como, agressões verbais e físicas.
Sendo assim, observamos 💳 que a discriminação presente na sociedade com relação às mulheres, não foge da particularidade das práticas esportivas e entre elas 💳 o futebol.
As formas de preconceito no futebol femininoIntrodução
O preconceito com relação às mulheres acontece desde o início da propriedade privada 💳 na qual o homem as tinha como propriedade e que serviam apenas para procriar, como relata Engels (2002).
Sendo assim, as 💳 mesmas não poderiam expressar suas vontades e eram submissas aos homens.
Por hipótese, podemos afirmar que esse preconceito se apresenta também 💳 nas atividades esportivas, e dentre elas o futebol.
Já que as práticas esportivas não brotaram do chão nem desceram do céu, 💳 elas são frutos das contradições e mediação imposta pelo modo como o homem estabelece suas relações sociais que são determinadas 💳 pelo modo de produção e de reprodução da vida (MARX, 1985).
O preconceito se apresenta de várias formas, como exemplo cultural, 💳 em que desde pequenas as crianças são influenciadas pelos familiares, como explica Daolio (1997), ao brincar com determinados brinquedos de 💳 acordo com o gênero, ou seja, se forem meninas, brincam de boneca, caso contrário, jogam bola, brincam de carrinho.
Outra forma 💳 de preconceito é o de gênero, no qual se quer delimitar o tipo de esporte que se deve praticar de 💳 acordo com o sexo do indivíduo e não através do desenvolvimento corporal nas modalidades esportivas, independente de gênero.
Em relação à 💳 mulher nas modalidades esportivas e neste caso, no futebol, o preconceito existe de diversas formas e apesar de haver diversos 💳 estudos sobre este tema, ainda há necessidade de conhecimento sobre o assunto abordado, sendo de suma importância para a sociedade.
Através 💳 das informações adquiridas a respeito das formas de preconceito que existem no futebol feminino, nesta pesquisa, contribuiremos para que haja 💳 uma melhora para as praticantes deste esporte e uma diminuição do preconceito em relação à prática do futebol pelas mulheres.
Sendo 💳 assim, será mesmo que existe preconceito contra as mulheres que praticam futebol? É o que responderemos neste estudo que tem 💳 como finalidade, conhecer a existência ou não do preconceito contra as mulheres no futebol feminino; identificando os tipos de preconceito 💳 e como se apresentam durante a prática esportiva.
O preconceito e o futebol, um recorte da literatura
O futebol é um esporte 💳 praticado tanto por homens quanto por mulheres.
Apesar de, em sua maioria, ser praticado por pessoas do sexo masculino, as mulheres 💳 têm demonstrado bastante interesse em jogá-lo.
Assim, a primeira partida de futebol feminino ocorreu entre as seleções da Inglaterra e da 💳 Escócia no ano de 1895.
Já em 1922, foi criada em Paris a União Esportiva Feminina Internacional a qual organizou o 💳 esporte feminino com campeonatos mundiais em algumas modalidades esportivas, em incluso o futebol.
Com isso, as mulheres foram se integrando aos 💳 esportes, principalmente com a primeira participação em Jogos Olímpicos no ano de 1928, em Amsterdã.
No Brasil, apesar de serem proibidos 💳 jogos de futebol feminino na época da ditadura, algumas partidas eram divulgadas na capital paulista.
Como por exemplo, o jogo em 💳 1921 entre as Senhoritas Tremembenses e as Senhoritas Cantareirenses realizado no Tremembé F.C.em São Paulo-SP.
Desta forma, não se sabe ao 💳 certo sobre o aparecimento das primeiras partidas de futebol feminino, já que as mesmas jogavam em campos, praias ou quadras, 💳 como as empregadas domésticas que jogavam à noite na praia no Leblon-RJ, pois trabalhavam pelo dia.
Portanto, nesse período, segundo Darido 💳 (2002), eram feitos jogos realizados por diferentes boates gays e aconteciam jogos beneficentes, jogo entre vedetes, peladas de rua, fato 💳 que demonstra o quanto as mulheres estavam interessadas na prática deste esporte.
E por ter se originado desta forma, pode ter 💳 sido um dos motivos para que houvesse manifestações de preconceito.
Sendo assim, o preconceito é definido por Pessanha (2006) como a 💳 emissão prévia de opiniões e conceitos sem que haja uma análise mais aprofundada.
Corroborando com o autor citado acima, Leite (2009) 💳 afirma que estas são opiniões aceitas a priori, sem exame prévio e que se têm como corretas chegando ao ponto 💳 de criar e formar atitudes favoráveis ou desfavoráveis a respeito de coisas, pessoas, povos, lugares, países, raças e religiões.
Surgiu então, 💳 a criação do Decreto Lei nº 3.
199, artigo 54 de 14/04/1941, o qual proibia às mulheres de praticarem desportos incompatíveis 💳 com as condições de sua natureza.
Todavia, este decreto só foi regulamentado em 1965 pelo Conselho Nacional de Desportos, o qual 💳 estabeleceu normas em relação à prática esportiva pelas mulheres, não permitindo que as mesmas praticassem lutas de qualquer natureza, futebol, 💳 futebol de praia, futebol de salão, halterofilismo, beisebol e pólo (MOURÃO e MOREL, 2005).
De acordo com Sugimoto (2003), ainda surgiram 💳 médicos, os quais afirmavam que os choques que poderiam acontecer entre as mulheres durante as partidas, seriam prejudiciais aos órgãos 💳 reprodutores.
Contudo, como eles chegaram a esse indício de que as mulheres poderiam se prejudicar na prática de esportes com altos 💳 índices de contato físico, se os homens, também praticantes destes esportes, possuíam órgãos reprodutores e não sofriam com problemas de 💳 saúde? Pelo contrário, a prática da atividade física só os beneficiava.
Segundo o mesmo autor, houve o envio de uma carta 💳 datada de 25/04/1940, ao Presidente Getúlio Vargas pelo cidadão José Fuzeira, a qual repercutiu em toda imprensa.
Fuzeira estava preocupado com 💳 o número de clubes femininos de futebol que estavam surgindo, tentando com este aviso, alertar o governo sobre o quanto 💳 afetaria a saúde das mulheres, se as mesmas continuassem a praticá-lo.
Contudo, apesar de tantos relatos preconceituosos, a proibição foi revogada 💳 na década de 80 e teve como resultado, o surgimento de vários times femininos, sendo criados campeonatos com visibilidade nacional.
Sendo 💳 assim, em 1981, apareceu o carioca Radar Futebol Clube, o qual começou a despontar no cenário futebolístico, realizando várias excursões 💳 para os Estados Unidos e para a América do Sul.
Este time revelou grandes jogadoras, desmistificando o fato de que futebol 💳 era só para "macho".
Nesse mesmo ano, o futebol feminino era reconhecido como esporte no Diário Oficial da União através de 💳 uma resolução do Conselho Nacional de Desportos.
O futebol feminino, com o crescimento abrangente que foi demonstrando possuir, teve que ser 💳 incluído nas Olimpíadas, como aconteceu em Atlanta, em 1996.
Com isso, a seleção brasileira de futebol feminino foi se destacando e 💳 conquistando vários campeonatos como o primeiro lugar nos Campeonatos Sul- Americanos de 1991, 1995, 1998 e 2003, os Jogos Pan-Americanos 💳 de 2003 e 2007, além das medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008 e do vice-campeonato Mundial 💳 em 2007.
Medina (2007) descreveu que os Estados Unidos, país que possuía a maior quantidade de mulheres futebolistas, apresentou um número 💳 de mais de sete milhões de praticantes.
No caso da Alemanha, a qual apresentava menos de dois milhões de mulheres que 💳 jogavam futebol, existia um número expressivo de praticantes de futebol no mundo, o preconceito ainda persiste e é encontrado nas 💳 escolas, clubes, universidades, nas famílias, ou seja, na sociedade em si.
Desta forma, algumas meninas se retraem quanto à prática do 💳 futebol para não se tornarem um alvo do preconceito, pois em alguns casos, não encontram apoio familiar, de amigos, e 💳 mesmo até de autoridades do governo, as quais não investem de forma adequada no futebol feminino.
Em uma pesquisa realizada por 💳 Freitas (2003), a qual fez uma análise sobre os discursos de professores, alunos, pais e árbitros que organizaram e participaram 💳 da VI Copa de Futebol Infantil das escolas de João Pessoa em 2002, foram apontadas opiniões de professores que preferiam 💳 ministrar aulas aos meninos a que às meninas.
Os mesmos explicaram situações em que os garotos tiveram mais facilidade no aprendizado, 💳 na disposição de material esportivo e de transporte para o local de um eventual amistoso do que as garotas.
Alguns entrevistados 💳 as apontaram como frágeis, as quais não suportavam atividades com um alto índice de desgaste físico como o futebol, sugerindo 💳 assim, a prática do futsal por ser em um espaço menor.
Viana (2012) mencionou a forma de ensino diferenciada em sua 💳 pesquisa através da observação de uma das aulas de um determinado professor da escola na qual este ensinava.
Aconteceu uma situação 💳 em que uma garota estava no gol e na hora do pênalti, o professor pediu para que o garoto deixasse 💳 uma menina bater, pelo motivo de ser outra garota que estava no gol.
O time era misto e na percepção do 💳 professor, o mesmo estava criando uma situação de igualdade deixando uma menina cobrar o pênalti, pois assim, não ocorreriam riscos 💳 à goleira.
Porém, meninos também estão suscetíveis a quaisquer acontecimentos devido a um chute ou choques físicos e nem por isso 💳 tem alguma "proteção", então por que as garotas devem ter? É daí que percebemos aquela idealização de que os garotos 💳 são fortes, viris, másculos e desta forma, estão prontos para acontecimentos desse tipo.
Segundo Freitas (2003), outros professores citaram a violência 💳 como parte do futebol masculino, o que não seria suportado pelo feminino.
Já nas famílias, o preconceito se fez presente quando 💳 alguns pais não permitiam que as filhas jogassem como é colocado também por um professor neste estudo.
De acordo com um 💳 docente, pais desinformados tendiam a proibir a prática do futebol pelas filhas, o que não era visto em escolas particulares, 💳 pois os pais dos alunos eram mais informados.
Sendo assim, podemos observar as várias formas de preconceito existentes nas escolas e 💳 nas famílias das alunas praticantes.
Já que as opiniões relatadas pelos professores, em sua maioria, eram preferenciais ao treinamento do futebol 💳 para os meninos, sendo justificadas de diferentes formas, no entanto, com o mesmo intuito de que é menos trabalhoso ministrar 💳 aulas de futebol para os meninos.
Podemos perceber que se há um menor incentivo para que as meninas pratiquem o futebol, 💳 pode-se justificar assim o porquê de encontrarmos um menor número de praticantes femininas.
O Futebol Feminino não teve o apoio merecido 💳 de grande parte da mídia esportiva a qual dava ênfase ao masculino e, portanto, ofereceu menos incentivos para que houvesse 💳 uma continuidade e um aumento de praticantes neste esporte.
A mulher, no esporte em geral, foi lembrada não por seu desempenho 💳 ou conquista, mas pela sua beleza e sexualidade frente ao que a mídia retratava.
O jogo bonito de se ver não 💳 estava relacionado ao jogo em si, nem ao aspecto estético das belas jogadas, mas às pernas das jogadoras, às sainhas 💳 e bermudas, enfim, associado à imagem veiculada e vendida pela indústria cultural, determinando o padrão de beleza feminino, que confundiu 💳 a estética do jogo com a estética do corpo (BRUHNS, 2000).
De acordo com Franzini (2005), foi registrado pelo jornal Folha 💳 de São Paulo a existência de um projeto, elaborado pela Federação Paulista de Futebol e pela empresa Pelé Sports & 💳 Marketing, no qual uns dos pontos de sucesso de um determinado torneio seriam "ações que enalteçam a beleza e a 💳 sensualidade da jogadora para atrair o público masculino" (FRANZINI, 2005, p.316- 317).
Assim, notamos a valorização da beleza física das atletas 💳 ao invés do enfoque na qualidade técnica e/ou tática, isso era o que menos interessava.
A Federação Paulista de Futebol (FPF) 💳 realizou, em 2001, um campeonato de futebol o qual visava divulgar e impulsionar o futebol feminino.
Viana (2012) relatou sua decisão, 💳 junto com outras meninas, de participar para que ganhasse um salário e pudesse sobreviver do futebol, já que estariam presentes 💳 ao evento diversos meios de comunicação porque o campeonato estava sendo bastante divulgado pela mídia.
Entretanto, o real objetivo do evento, 💳 de acordo com o folder, não era divulgar o futebol feminino em si, porém mostrar que as mulheres que o 💳 praticavam eram bonitas, femininas e heterossexuais, como foi descrito pela autora nesse trecho:...
O folder de divulgação trazia uma frase que 💳 mostrava, nitidamente, quais eram as intenções da FPF.
A capa tinha uma mulher bonita segurando uma bola; era a atriz Patrícia 💳 de Sabrit convidando todas as meninas para fazer parte do "novo futebol feminino".
Por que uma atriz na capa como referência 💳 a uma jogadora?...
O folder não explicava, explicitamente, o que constituía o novo futebol feminino, mas pelas imagens percebe-se que a 💳 beleza estava acima do "saber jogar".
Além disso, as imagens eram de mulheres brancas com cabelos longos.
Uma delas aparecia abraçando um 💳 homem.
Os ícones do folder, insinuavam, de certa forma, que o objetivo era afirmar socialmente que as jogadoras de futebol sabiam 💳 jogar, eram bonitas e heterossexuais (VIANA, 2012, p.31 e 32).
Todavia, já é possível notar uma melhora nessa divulgação, mesmo sendo 💳 em menor grau se comparado com o masculino.
Porém, ainda existe um déficit no quesito de investimentos públicos e privados.
Com isso, 💳 ainda subsistem outros problemas como a falta de estrutura, recursos, condições de prática do esporte.
Quando relacionadas com o futebol masculino, 💳 observamos o quão distintas são as condições de prática nesse esporte.
Contudo, existem exceções como é o caso da China e 💳 dos Estados Unidos, os quais possuem estruturas equiparáveis com à do masculino, além de os Estados Unidos serem o país 💳 que possui o maior número de jogadoras.
Nos EUA, segundo Sugimoto (2003), o futebol era visto como esporte feminino.
Enquanto em 1994 💳 foi o vice-presidente quem entregou a Taça ao capitão da seleção brasileira, Dunga, em 1996 foi o próprio Bill Clinton 💳 quem entregou a Taça pelo mesmo evento, porém feminino.
O que não significou que a mulher era bem mais reconhecida lá 💳 do que era aqui nos esportes, frente que a mesma não tinha vez no futebol americano e no beisebol, dois 💳 dos esportes mais difundidos nos EUA.
A cultura exerceu grande influência com relação ao preconceito no futebol feminino, pois delimitou desde 💳 crianças, espaços e brinquedos lúdicos específicos para meninos e para meninas.
Daolio (1997) explanou que as crianças, ao nascerem, eram condicionadas, 💳 dependendo de qual era o sexo, a agir de uma forma determinada, terem certas preferências.
Sendo meninas ganhavam bonecas, miniaturas de 💳 utensílios domésticos; sendo meninos ganhavam carrinhos, bonecos de super-heróis.
Por conseqüência da cultura de que meninas deveriam ficar em casa ajudando 💳 as mães nos afazeres domésticos enquanto os meninos deveriam ficar pelas ruas correndo, pulando, jogando bola, andando de bicicleta, enfim, 💳 se divertindo, é que pode ter influenciado os meninos a desenvolverem melhor a capacidade motora nos esportes.
Observou-se na pesquisa de 💳 Viana (2012) que através das experiências corporais trazidas de outras modalidades, tanto meninas quanto meninos eram ajudados na aprendizagem do 💳 futebol.
Através da realização de entrevistas com alunos (as) de uma determinada escola esportiva, percebeu-se que aqueles que vivenciaram outras práticas 💳 esportivas apresentaram um desenvolvimento nas atividades corporais que contribuiu para a aprendizagem do futebol.
Todavia, os alunos que praticaram futebol desde 💳 cedo, seja menino ou menina, tinham mais habilidade em relação aos que começavam tardiamente.
Contudo, percebeu-se que o sexo em si, 💳 não influenciava no "saber ou não saber jogar", mas sim, o período em que se iniciava a prática deste esporte.
Observou-se 💳 também, pela autora, que havia uma menina que jogava mais do que alguns meninos, e isso podia ser relacionado ao 💳 fato de que a mesma iniciou a prática do futebol bem cedo, jogando nas ruas, como aconteceu com a maioria 💳 dos meninos.
Já um garoto que não tinha um nível elevado de habilidade, iniciou a prática de forma tardia e numa 💳 escolinha de futebol.
Esta pesquisa foi bem interessante, pois desmistificou a idéia de que somente os meninos sabiam jogar, exatamente por 💳 serem meninos.
De acordo com Viana (2012), meninas que tinham preferências por esportes que tinham hegemonia masculina, sofriam bastante preconceito.
A autora 💳 teve esse tipo de experiência em casa, através dos pais os quais não a queriam jogando futebol.
A mãe a colocou 💳 no balé, o qual participou dos 4 aos 14 anos, pois era "coisa de mulher" já que era delicado, feminino, 💳 enquanto o futebol era "coisa de homem".
A mesma citou que não sabiam informá-la sobre o que era "ser feminina", nem 💳 mesmo "ser masculino", porém era algo que ela escutava com freqüência e não entendia o significado.
No entanto, mesmo sem o 💳 consentimento dos pais, Viana (2012) praticou futebol em um time formado apenas por meninas de 15 a 20 anos.
Outro preconceito 💳 observado pela autora foi o relacionado à orientação sexual das meninas.
Aquelas que escolhiam usar bermudas largas, camisas grandes, e tinham 💳 cabelos curtos, eram tidas como homossexuais, já que na concepção de algumas meninas, o tipo físico, a forma com que 💳 algumas praticantes se vestiam, eram indícios de que eram homoafetivas e por isso, não seriam bem vindas ao time.
Esta idealização 💳 em relação aos homossexuais vem de um estereótipo de que mulheres que se vestem parecidas com os homens, são gays 💳 e vice-versa, está impregnada na cultura brasileira e em conseqüência, nas práticas esportivas.
Não é somente no futebol que acontece esse 💳 tipo de preconceito.
Em diversos esportes que têm uma denotação de serem "somente para homens" também é encontrado.
Contudo, sabe-se que não 💳 é bem assim.
Tanto mulheres "femininas" como homens "masculinos" também são homossexuais.
Daí, podemos perceber o quão enraizado está o preconceito, que 💳 é exposto de variadas formas e através de diferentes pessoas; adolescentes, adultos, em ambos os sexos.
Material e métodosTipo de pesquisa
Esta 💳 pesquisa possuiu uma abordagem qualitativa que atuava em níveis de realidade na qual os dados se apresentavam aos sentidos e 💳 tinham como campo de práticas e objetivos trazer à luz fenômenos, indicadores e tendências observáveis.
A investigação qualitativa trabalha com valores, 💳 crenças, hábitos, atitudes, representações, opiniões e se adéqua a aprofundar a complexidade de fatos e processos particulares e específicos a 💳 indivíduos e grupos (MINAYO, 2004).
A abordagem qualitativa é empregada, portanto, para a compreensão de fenômenos caracterizados por um alto grau 💳 de complexidade interna (PAULILO, 1999).
E descritiva na qual procurou identificar as várias formas de preconceito que ocorrem no futebol feminino 💳 através de uma entrevista estruturada e transversal, pois a entrevista somente foi realizada num determinado momento não havendo necessidade de 💳 repetição.
População e amostra
Este estudo foi composto por 36 indivíduos do sexo feminino, com no mínimo 18 anos, participantes de equipes 💳 desportivas do estado de Sergipe, que foram entrevistados através de um questionário.
Critério de inclusão
Meninas com no mínimo de 18 anos 💳 que jogam futebol.
Instrumentos e material
Utilizou-se um questionário fechado com respostas em escala de intensidade de 1 a 5 e opção 💳 de não responder (9).
Essas perguntas foram respondidas marcando-se um X nos números na escala de 1; 2; 3; 4; 5; 💳 e 9, representando uma escala de intensidade com as seguintes opções, de acordo com o quadro abaixo:1.Sempre 2.Quase sempre 3.Algumas 💳 vezes 4.Quase nunca 5.Nunca 9.
Não sabe ou não quer responderQuadro A.
Escala de intensidade do questionário
Esse questionário foi elaborado, levando em 💳 consideração experiências de outros questionários que estabelecem escala de intensidade e a partir das necessidades apontadas pela pesquisa.
Após a sua 💳 elaboração, foi submetido à avaliação de três pesquisadores e realizado uma pré-testagem.
A esse instrumento foi acrescido um diário de campo 💳 para anotações de observações colhidas.
Procedimentos para coleta de dados
Contataram-se as equipes de futebol de Aracaju e depois da autorização dos 💳 indivíduos, foram coletadas as informações mediante o preenchimento do questionário.
O termo de consentimento livre e esclarecido foi apresentado aos indivíduos 💳 participantes da coleta dos dados.
Análise dos dados
Os dados foram tabulados e descritos quanto à freqüência das respostas e submetidos a 💳 uma análise qualitativa do conteúdo, agora expresso em perfil do grupo de sujeitos estudados.
Resultados
Com relação a ter questionada sua sexualidade 💳 pelo fato de jogar futebol, verificamos que 100% das entrevistas já foram questionadas sim, sendo que 35% sempre foram questionadas, 💳 24% quase sempre, 23% algumas vezes e 18% quase nunca, como é visto na Figura A.Figura A.
Freqüência dos questionamentos sobre 💳 a sexualidade!
Quando perguntamos se já vivenciaram alguma experiência que possa ser definida como preconceito no futebol, todas, ou seja, 100% 💳 delas responderam que sim.
A freqüência dessas experiências apresentou-se da seguinte maneira: 41% responderam que sempre as vivenciaram, 29% algumas vezes, 💳 18% quase sempre e 12% quase nunca, como mostra a Figura B.Figura B.
Freqüência das experiências definidas como preconceito!
Esse dado fica 💳 evidenciado quando 42% das entrevistadas afirmaram que perderam alguma amizade feminina por conta de jogar futebol, bem como, 45% delas 💳 perderam amizade masculina por jogar futebol.
Com relação à rejeição que sofreram por jogar futebol, encontramos os seguintes dados: 80% das 💳 entrevistadas citaram que foram rejeitadas por parte dos meninos que jogam com elas, não querendo que elas fizessem parte de 💳 sua equipe; 50% das entrevistadas sofreram rejeição também de meninos e meninas que não jogam futebol; e 55% sofreram rejeição 💳 por parte dos familiares.
Como observamos nas Figuras C.1, C.2 e C.3.Figura C.1.
Sofre rejeição por parte das meninas que não jogam!Figura 💳 C.2.
Sofre rejeição por parte dos meninos que não jogam!Figura C.3.
Sofre rejeição por parte da família por jogar bola!
Com relação a 💳 sofrer agressão verbal durante um jogo por um menino, 89% disseram que sim, 8% que não e 3% não quiseram 💳 responder.
Já em relação a sofrer agressão física, 77% responderam que sim, 17% que não e 6% não quiseram responder, como 💳 veremos nas Figuras D.1 e D.2.Figura D.1.
Sofre alguma agressão verbal durante o jogo por um menino!Figura D.2.
Sofre alguma agressão verbal 💳 durante o jogo por um menino!
Observamos que as reações das entrevistadas com relação a essas agressões são diversas, pois todas 💳 se sentiram ofendidas quando uma menina foi agredida fisicamente ou verbalmente por um menino.
No entanto, nem todas se retiraram do 💳 jogo quando um caso desses ocorreu.
Apenas 61% retiraram-se quando a agressão foi verbal e 58% quando a agressão foi física.
Discussão
Como 💳 observado nos dados, o preconceito com relação à mulher que pratica futebol foi citado em diversas formas de manifestação, através 💳 dos questionamentos sobre a sexualidade, perda de amizades, rejeições, agressões verbais e físicas.
O questionamento sobre a sexualidade em meninas que 💳 jogavam futebol foi freqüente, como relataram os resultados acima, tendo sido citados por todas as entrevistadas.
Esse tipo de preconceito adveio 💳 do modo de se vestir das mesmas, do tipo de corte de cabelo, do tipo físico, ficando evidenciado por Viana 💳 (2012).
Como podemos manifestar a opinião sobre a forma de ser de cada pessoa, só pelas vestimentas, pelo porte físico de 💳 cada um? Dizer que determinado indivíduo é homossexual só pela forma que se porta, que se veste, é um pré-julgamento.
Porém, 💳 mesmo que tenha ficado clara a orientação sexual da pessoa, a mesma não deve sofrer rejeição, nem ser tratada de 💳 um jeito diferente das outras, já que os indivíduos, independente do sexo, possuem diferenças e isso deve ser respeitado.
As experiências 💳 definidas como preconceito trataram do que pôde ser vivenciado e, de acordo com a opinião da entrevistada, relatado como preconceito.
Neste 💳 quesito, todas responderam positivamente.
Com isso, observamos que esse preconceito foi encontrado nas perdas das amizades, tanto masculinas quanto femininas, somente 💳 por jogarem futebol, o que não deveria ocorrer, pois os indivíduos têm o direito de escolher e praticar qualquer atividade 💳 desportiva.
O mesmo aconteceu com relação às meninas que foram rejeitadas por parte de meninos, os quais não as querem como 💳 companheiras de equipe; por parte de meninos e meninas que não jogam futebol e pelos próprios familiares.
Assim, como foi citado 💳 na pesquisa de Freitas (2003), professores preteriram as meninas, pois as tiveram como frágeis; pais que não quiseram que as 💳 filhas praticassem este esporte por acharem que não eram adequados.
Sendo assim, então qual esporte seria adequado às meninas? Um que 💳 houvesse a disputa de quem era a melhor dona de casa? Essa idealização de que a mulher é o sexo 💳 frágil é também cultural, na qual os meninos teriam que brincar de carrinhos, enquanto as meninas deveriam brincar de "casinha", 💳 de bonecas; Daolio (2007) exemplificou assim essa visão cultural.
Desta forma, os meninos desenvolviam melhor a prática de atividades físicas.
Já que 💳 possuíam tempo livre, jogavam bola, brincavam de variadas formas, podendo aprimorar cada vez mais o desenvolvimento motor, enquanto as meninas 💳 estavam auxiliando as mães com afazeres domésticos.
Isso influenciou, de certa forma, num retardo na apreensão de atividades desportivas nas meninas, 💳 como explicitou Viana (2012) no seu estudo, o qual citava que através das experiências corporais trazidas de outras modalidades, tanto 💳 meninas quanto meninos eram ajudados na aprendizagem do futebol.
Pode ser que, por causa dos motivos já exemplificados, algumas meninas tiveram 💳 uma maior dificuldade no aprendizado do futebol e de outros esportes, do que os meninos.
O que não quer dizer que 💳 não existam meninas que saibam jogar futebol tão bem quanto os meninos.
Nesta mesma pesquisa da autora já citada, foi observado 💳 que havia meninas e meninos que demonstravam uma maior habilidade em relação a outros meninos, exatamente por terem iniciado a 💳 prática esportiva desde cedo e nas ruas, em relação aos que começaram tardiamente e em escolas de futebol.
Daí, percebemos que 💳 o importante é a vivência, a aprendizagem prolongada em determinada modalidade esportiva, para que o praticante possa se aperfeiçoar naquela 💳 atividade, independente do gênero.
Conclusão
O preconceito no futebol feminino advém de fatores culturais, sociais, os quais precisam ser revistos, já que 💳 são fatores limitantes do desenvolvimento não somente do futebol, mas do esporte feminino como um todo.
Necessita assim, de apoio das 💳 instituições desportivas para que gere uma valorização das praticantes no esporte e no meio em que vivem, a fim de 💳 que possibilite uma diminuição ou extinção do preconceito relacionado às mulheres.
Referências
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Connor Hubbard: o homem mais entediante da internet?
Connor Hubbard pode ser o homem mais entediante da internet. Com 29 anos, 💯 ele é um corretor de seguros comum que mora uma casa normal Dallas, Texas. Ele gosta do café 💯 da manhã, do ginásio depois do trabalho e de assistir TV à noite. Ele é feliz com sua existência rotineira, 💯 casado e com um cão, e espera um bebê. No entanto, a internet está obcecada por ele.
A cada poucos meses, 💯 um
de sua rotina ordinária torna-se viral, causando debate.
O homem mais chato ou uma inspiração?
A metade das pessoas acha 💯 que a vida de Hubbard é deprimente, enquanto a outra metade o admira. Seus
s foram cuidadosamente projetados para gerar 💯 reações extremas, revelando desejos e temores ocultos.
A ambição reimaginada
Hubbard representa um afastamento do ideal do Follow/Find Your Passion, que floresceu 💯 após a Grande Recessão de 2008. Naquela época, os jovens eram estimulados a se tornarem empreendedores e "amar o que 💯 fazem".
No entanto, atitudes relação à ambição mudaram durante a pandemia do COVID-19. As perspectivas dos jovens relação à 💯 vida e ao trabalho têm evoluído.
O estilo de vida de Hubbard, rotineiro e confiável, atrai pessoas que amam a sensação 💯 de estabilidade meio às incertezas atuais.
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A Copa Libertadores da América (conhecida como "Copa América da") foi disputada em 14 de novembro de 2014, a primeira 📉 competição da competição.
Os doze melhores times do mundo foram sorteados para disputa o Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões.
O torneio é 📉 disputado em fases eliminatórias, com todos os times vencedores se enfrentando em uma única partida que definirá os vencedores das 📉 duas partidas da fase principal.
Em cada fase, os doze melhores jogadores do mundo se enfrentaram em jogos de ida e 📉 volta em uma única partida,
com os vencedores enfrentando os dois clubes campeões da fase geral (metadizinhos e mexicanos) em jogos 📉 de ida e volta em uma única partida, com os vencedores enfrentando os dois clubes campeões da fase geral (metadizinhos 📉 e mexicanos).
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